O que vou lendo! - Thor, the God of Thunder - Godbomb por Jason Aaron e Esad Ribic

Leiam neste link um post sobre os primeiros capítulos desta história.

Infelizmente, a editora Panini Portugal ficou-se pela publicação dos primeiros cinco capítulos do trabalho de Aaron, escritor, e Ribic, desenhador, em Thor, o Deus do Trovão - versão Marvel. Os portugueses só poderam ver parte da impressionante saga que ambos teceram para um personagem já com 50 anos de publicações (isto se descontarmos os vários séculos de história e mitologia). Godbomb completa, de forma verdadeiramente épica, os eventos que começaram naqueles primeiros capítulos (publicados nos números 6 a 11, volume de 2013, da revista original do personagem). A batalha final de três versões do Deus do Trovão, uma do passado, outra do presente e uma do longínquo futuro, contra o "Chacinador de Deuses", desenrola-se no palco mais que apropriado para estas mitologias: o cósmico. Toda a grandiloqüência de combates maiores que a vida,  toda a fúria tonitruante, todo o poder titânico, foi concentrado pelas palavras de Aaron e pela arte de Ribic em onze capítulos que, muito sinceramente, já vigoram (no que a mim diz respeito) nos melhores contos de Thor.

Muito raramente uma voz poderia colar tão bem com as palavras e ações de um personagem. Aaron é perfeito para Thor e para o seu universo, misturando masculinidade, belicismo medieval, orgias, bebedeiras e combates, num cozinhado de puro entretenimento. Ao mesmo tempo, mistura uns pós de reflexão suave que constroem um conto que vai para além dos limites do filme-pipoca. Ribic, por seu lado, com desenho limpo e cenários mitológicos, é a escolha acertada para o escritor e personagem. 

Agora que já se prepara o terceiro filme protagonizado por Thor, inspirado na lenda Viking de Ragnarok, o crepúsculo dos deuses, tenho uma sugestão a fazer. Quando estiverem a pensar no quarto filme das aventuras do Deus do Trovão na 7.ª Arte, não vão muito mais longe que estes primeiros onze capítulos do trabalho de Jason Aaron. Tudo é perfeito para o cinema: uma história direta e pouco alicerçada na complicada continuidade do personagem; cenários maiores que a vida; combates épicos; um vilão tenebroso. Não mudem as palavras, não medem quase nada. Não vale a pena. Aaron e Ribic já fizeram o trabalho mais difícil. É só copiar e não estragar. 

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