Multiversity, Ultra Comics por Grant Morrison e Doug Mahnke

Esta BD não é boa, é muito boa. Esta BD não é muito boa, é excelente. Esta BD não é excelente, é extraordinária.

Sinceramente, para vos convencer a ler esta obra de arte pouco mais deveria ser obrigado a escrever. Deveriam acreditar piamente na minha palavra. Mas  não tenho ilusões. As coisas não são assim tão simples e o dinheiro e o tempo são bens preciosos. Também é verdade que já o disse várias vezes neste blog. Que esta série, Multiversity, iria vigorar entre as melhores. Talvez venha-o a ser só para mim, mas tenho impressão que não serei o único - se querem saber o que achei dos números anteriores cliquem neste link. Este mais recente volume, Ultra Comics, não é diferente dos anteriores em qualidade mas também é diferente dos outros em qualidade. Acrescenta a peça crucial do puzzle, acrescenta metáforas e meta-textos num frenesim de imaginação. O que poderia ser apenas uma entre infinitas crises (até eu já estou meta-textual) cresce em volume, espaço e tempo. Vai para além do puro entretenimento (que é!) para ser uma BD sobre a BD e uma BD sobre a nossa relação com essa e tantas outras artes.

É necessário ter um doutoramento em BD dos EUA e sobre a DC Comics? Ajuda. É essencial ter? Não, de maneira rigorosamente nenhuma (reparem que sublinhei). Porque quero frisar que os fãs podem oferecer Multiversity a todos os que gostam e não gostam de BD, a todos os que um dia a leram e a todos os que um dia nunca a leram. Depois deliciem-se a explicar pormenores mais obscuros, metáforas mais rebuscadas, meta-textos que apenas vocês podem e devem ler. Partilhem e participem porque isto é puro amor à Arte Suprema.

Mas se não sentirem nada do que eu acabei de sentir, também não faz mal. Eu precisava de pôr isto cá para fora. E reparem: eu não escrevi uma palavra sobre o conteúdo. Não é relevante. O relevante é ler. Não liguem à mensagem da capa: o importante é mesmo passarem para  página seguinte e ler.

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